terça-feira, 30 de novembro de 2010

A arte de vender um romance

Tenho comentado aqui, de maneira lúdica, sobre o processo de criação literária. No entanto, prestem atenção vocês que querem publicar! Escrever um romance é trabalhoso. Editá-lo, sem custeamento, é quase impossível. Distribuí-lo, estou me convencendo mais e mais disso, absolutamente impossível. Vendê-lo, então, nas lojas, já que não há distribuição, um milagre do santo das causas impossíveis. Com o surgimento da primeira resenha de Os negócios extraordinários de um certo Juca Peralta, de Edith Piza, recebi alguns e-mails, principalmente de São Paulo, perguntando-me sobre como adquirir o livro, sem ser pela internet. Sinceramente, não tenho resposta. Praticamente todos os dias entro no site da Livraria Cultura e lá, apesar dos milhões de exemplares que a grande livraria dispõe para o público, ainda não há sequer rastro do Juca Peralta. O mesmo se sucede com outras importantes livarias. Aqui em Belo Horizonte, além da Crisálida, o livro se encontra na livraria da Cooperativa Médica. Peço-lhes que não desistam do romance, por essa dificuldade inicial. Esta obra, tenho certeza, irá proporcionar boas horas de entretenimento ao leitor. Assim, esperançoso, deixo, para todos, uma lindíssima mensagem, de redenção, do meu autor preferido, quando lidou com o Diabo em pessoa, no Doutor Fausto. Ouçam, que beleza:"Nada mais acontece. Silêncio e noite. Mas o som ainda suspenso no silêncio, esse som que já não existe, que unicamente a alma prossegue escutando, e que arrematou a aflição, ele muda de sentido e se ergue como uma luz na noite." (Thomas Mann)

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